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Monstrosanto

Ouvimos constantemente uns quantos a falar que o mundo está cheio de “doidinhos” pelas teorias da conspiração. Que esses “doidinhos” encontram fantasmas em todo e por todo o lado. Que veem monstros em todos os recantos que as elites habitam. Portanto, talvez o texto que se segue venha a ser conotado como “doidinho” pelos mesmos que de “doidinhos” dizem nada ter. Talvez lá para o fim do texto se consiga estabelecer então quem são realmente os mais doidinhos; se os auto-intitulados sãos, ou os conotados como menos sãos.

Monstrosanto

Nos últimos tempos de notícias presentes no minha mOsca uma captou fortemente a minha atenção, uma que ao mesmo tempo senti ter passado quase sorrateiramente pela esmagadora maioria das pessoas, e uma que poderá estar a preparar o futuro para os habitantes da Europa e dos Estados Unidos, mas não só.

Na segunda feira, o Presidente Barack Obama e o primeiro ministro David Cameron comprometeram-se a perseguir um acordo de comércio alargado entre os Estados Unidos e a União Europeia
Huffington Post

Até aqui aparentemente nada de especial para talvez as pessoas comuns; um encontro para debater acordos de comércio. Mas a mim fez disparar os meus alarmes internos: “Por que raio mais um acordo de comércio entre a Europa e os Estados Unidos se já quase não existem barreiras comerciais entre os dois portentos da economia mundial?” O que estariam eles a preparar quando já quase nada mais há para harmonizar entre os blocos separados quase apenas pelo oceano Atlântico?

Como as tarifas são já baixas ou inexistentes, o acordo centrar-se-á sobre as regulações de mercado. […] a inclusão de novos poderes políticos para as empresas protegendo-as por um processo controverso conhecido por “resolução de disputas entre investidor-estado”. […] A resolução investidor-estado fornece às empresas o poder político para apelar das leis e regras de um governo num tribunal internacional.
Huffington Post

Ah, poderes políticos para que as corporações possam colocar em tribunal os países que tenham leis que coloquem em causa os seus já mais que avantajados lucros.

Os grupos de defesa do interesse público dizem estar preocupados que um sistema de resolução investidor-estado entre os Estados Unidos e a UE venha a permitir que as empresas comparem padrões regulatórios de diferentes países, e processem o país com as regras mais fortes. As leis de segurança alimentar na UE, por exemplo, são mais robustas que as dos Estados Unidos
Huffington Post

Agora, e antes de mais, é conveniente salientar que nos andam a vender – os políticos e interesses instalados – este novo acordo comercial entre os principais centros do poder democrático no mundo como uma lufada de ar fresco para a economia mundial, para a economia da Europa e para a economia dos Estados Unidos.
Acho que depois de lermos o pequeno excerto acima do texto presente no Huffington Post ficamos todos a entender o que significa essa lufada de ar fresco, ou será que ainda sobrarão uns quanto auto-intitulados sãos que não conseguem ver para além da caixinha em que alegremente colocam a sua cabecinha?
Para eles fica uma pequena explicação.
Que benefícios trará esse novo acordo a Portugal, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, etecétera, se basicamente quase a única coisa que ainda é passível de harmonizar são as regras/leis independentes que cada país tem – e deve ter – para garantir a sua identidade cultural, social, económica e territorial? Que benefícios? Alguns? Algo?
Sim existem, os benefícios serão quase exclusivamente para as grandes multinacionais que poderão dessa forma colocar país a país em tribunal de forma que dentro do espaço territorial do acordo estabelecido todos os países tenham de moldar as suas leis às do país que tenha as leis que mais agradam a essas multinacionais. BINGO!!! Melhor que um jackpot num casino, talvez até mesmo melhor que dois jackpots seguidos, pois isso nem é uma aposta, é uma vitória sem risco e sem suor, dada de mão beijada pelos políticos de uma Europa que nos diz trabalhar pelos europeus e para os interesses europeus. É verdade, trabalham quase exclusivamente em defesa dos interesses das multinacionais ditas europeias, aquelas que pagam impostos, quando pagam, num qualquer paraíso fiscal, que se calhar já nem sede têm na Europa, algures numa ilhas nas Caraíbas.
Talvez esteja na altura –  se é que já não é demasiado tarde para inverter o caminho sem derramar sangue – daqueles que ainda acham ser sã a defesa deste tipo de argumentos como garantia de um futuro melhor para os seus e para todos os outros começarem no mínimo a coçar na sua consciência.

“Às empresas não deve ser permitido que processem o meu país de forma a destruírem as leis que elas não gostam”.
Huffington Post

É esta a democracia que desejam? É este o futuro que almejam para os vossos filhos e netos? É esta a justiça e equilíbrio mínimo para a vivência em sociedade? Desejam que interesses não democráticos possam decidir o que é melhor para a sociedade? Se não, então começa a ficar tarde porque estamos quase a entrar no ponto sem retorno, e continuar sentadinho à espera de milagres só vos vai trazer dissabores, e dissabores cada vez mais violentos, na verdadeira acepção da palavra.

E como iniciei este texto a escrever sobre os “doidinhos” das teorias da conspiração, quais são os interesses que com mais força estão a tentar impulsionar este acordo transatlântico?

o Departamento de Estado conduzia negociações fora das vistas que não parecem fazer avançar a democracia nem os ideais americanos – em vez disso, encontrou evidências de lóbie usado para fazer avançar a agenda de empresas norte-americanas prósperas que já compraram a aprovação de grande parte de Washington.
RT

O grande mercado que ainda está por ser amplamente aberto aos interesses das multinacionais americanas, e não só, é o da agricultura na Europa.

“Os esforços do Departamento de Estado impõem os objectivos políticos das maiores empresas de biotecnologia de sementes em governos ou públicos frequentemente cépticos ou resistentes, e exemplifica a diplomacia corporativa debaixo de um véu”
RT

E assim chegamos até ao ponto que dá título a este texto, chegamos até à Monsanto, mais concretamente até à Monstrosanto. Podia escrever um texto dedicado apenas à descrição daquilo que representa a Monsanto, mas a informação está já tão amplamente disponível que farei apenas uma breve introdução à tecnologia, porque infelizmente o mal não fica cingido apenas pela Monstrosanto, ele é encarnado também – e não só – pela Syngenta (Suíça), Bayer Crop Science (Alemanha), DuPont (EUA), Groupe Limagrain (França), Land O’ Lakes (EUA), KWS AG (Alemanha), Sakata (Japão), DLF-Trifolium (Dinamarca), Takii (Japão) [As 10 maiores empresas de sementes transgénicas no mundo].

Mais de 800 cientistas no mundo estão de acordo: As culturas transgénicas são uma guerra biológica sobre os nossos alimentos
Natural News

É este o mercado que está a impulsionar, poderei até escrever pagar aos políticos para que o acordo de comércio – quer dizer, o acordo de desregulamentação na Europa, atinja os seus desejos; igualdade de leis entre as existentes nos Estados Unidos – quer dizer, igualdade entre a não existência de leis nos Estados Unidos e nos países da Europa.

O Senado dos Estados Unidos decidiu que pura e simplesmente não quer que os Estados possam dizer às pessoas se estão ou não a comer alimentos transgénicos.
Huffington Post

É isto que está a ser cozinhado, o não direito a ter direito de democracia sobre o que cada população deseja para a sua vida, a imposição dos desejos das grandes multinacionais sobre as populações, a destruição dos estados soberanos para defesa dos lucros de uma mão cheia de indivíduos no mundo.
É isto que desejam para o vosso futuro, não “doidinhos”? Então força, a forca ser-vos-á aconchegada de mão beijada.

Outro dos pontos que gostava de aqui salientar é: “Alguém viu, leu, ouviu por aí referências nos meios de comunicação para as massas em português às manifestações que aconteceram um pouco por todo o mundo contra a Monstrosanto? Não?
Porquê tamanho silêncio? Não nos é constantemente dito que os nossos meios de informação são livres, imparciais e limpos? Silêncio pago?

Convocado pelo movimento “Marcha Contra a Monsanto”, teve uma adesão estimada de 2 milhões de pessoas que participaram no Sábado no massivo evento que se estendeu a seis continentes, 52 países e pelo menos 48 Estados norte-americanos.
RT

Como podem ver o silêncio nos meios de comunicação para as massas foi no mínimo desproporcional ao tamanho e efectividade do movimento. Foi preferível encher parangonas atrás de parangonas com a contestação ao casamento homossexual em França, como se esses movimentos tivessem tido 2 milhões de pessoas como participantes. “Como são belos os nossos meios de comunicação”!

Quase a chegar ao fim, gostava de citar uma das notícias que saiu no minha mOsca, notícia essa que os auto-intitulados sãos chamam “doidinhos” a quem já não cai na lengalenga que à força as elites nos tentam vender:

Algumas pessoas começaram a perceber que existem grandes grupos financeiros que dominam o mundo. Esqueçam as intrigas políticas, conflitos, revoluções e guerras. Eles não acontecem por acaso. Há muito que tudo está planeado. Alguns chamam a isto “Teorias da Conspiração” ou Nova Ordem Mundial. De qualquer forma, a chave para se conseguir entender os eventos políticos e económicos actuais está confinada num punhado de famílias que acumularam poder e riqueza. Estamos a falar de 6, 8 ou talvez 12 famílias que governam o mundo. […] não estaremos muito longe da verdade citando o Goldman Sachs, os Rockefellers, os Loebs Kuh e Lehmans em Nova Iorque, os Rothschilds de Paris e Londres, os Warburgs de Hamburgo, Paris e os Lazards de Israel e os Moses Seifs em Roma. […] Resumindo: as oito maiores empresas financeiras norte-americanas (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, U.S. Bancorp, Bank of New York Mellon e o Morgan Stanley) são 100% controladas por dez accionistas e temos quatro empresas presentes em todas as tomadas de decisão: BlackRock, State Street, Vanguard and Fidelity.
Pravda

Talvez seja demasiado fechar com este tipo de informação, mas ao mesmo tempo como é que seria possível acontecer o que está uma vez mais a ser planeado num chamado acordo de comércio transatlântico sem que houvesse um poder tão forte que conseguisse impor lógicas que não têm lógica social absolutamente nenhuma?
Quem serão os donos dos fios que comandam a marionetas?
Quem serão os “doidinhos”?

Tsunami Nuclear

Agência de segurança nuclear exclui acidente tipo Tchernobyl. Reactores nucleares Mark1 levaram à demissão de cientistas da General Electric. Reguladores foram avisados dos riscos com os reactores. Japão foi avisado sobre perigo de sismos para as centrais nucleares. Escândalos e dúvidas na história da central de Fukushima. Temida a fuga de radiações e especialistas nucleares focam um possível encobrimento. Líderes japoneses deixam o povo no escuro. Organização Mundial de Saúde: não há risco fora do perímetro de segurança. O risco de radioactividade para Tóquio é limitado, mesmo no pior dos cenários: dizem especialistas britânicos. O acidente nuclear japonês é território desconhecido. NRC afirma que a piscina de combustível usado da unidade 4 perdeu uma massiva quantidade de água; Japão nega a conclusão. Helicópteros lançam água para evitar fusão. Operação com helicópteros fracassa e níveis de radiação seguem altos em Fukushima.

O mundo está assistir, quase em estado de letargia, aos acontecimentos no Japão, depois de um dos maiores terramotos já registados, seguido por um tsunami de dimensões épicas e agora com um desastre nuclear em desenvolvimento.
A noção que o Homem tem do seu mundo… que a tecnologia nos irá salvar, que o desenvolvimento é imparável, que conseguimos controlar a natureza, etc., é facilmente e totalmente rebatida em menos de nada, quando confrontados com a volatilidade deste nosso mundo . Esta realidade menos positiva é constantemente descartada da mente das pessoas, criando nelas a perigosa noção de que o amanhã irá ser sempre melhor que o presente. O pernicioso dessa noção é que as pessoas nem sequer chegam a colocar em consideração a preparação para um mundo que nem sempre trará um futuro melhor. Quem não o faz coloca todo o seu futuro nas mãos de uma esperança e não com base numa realidade.

Amanhã, ou depois, irei tentar contextualizar os problemas com que se debate actualmente o Japão e as suas implicações para a economia do nosso mundo. Hoje vou abordar os problemas que assolam o Japão analisando “apenas” o quadrante da manipulação de informação que tem sido factor recorrente desde que se soube que quatro centrais japonesas tinham sido danificadas pelo terramoto seguido de tsunami. Acho que esta abordagem poderá facilitar a compreensão da questão quando for analisada pelo lado económico e de futuro para o nosso mundo moderno.

Antes de avançar… há uns dias um amigo meu disse-me: “a tua análise é tendenciosa para o negativo”, ao qual respondi: “sim é, e propositadamente, porque tendenciosos são os nossos meios de comunicação social que conseguem quase inacreditavelmente dar espaço a esperanças em mais de 90% da informação que eles disponibilizam, mesmo que essas esperanças possam muitas das vezes ser falsas, colocando em causa a preparação das pessoas para um amanhã que poderá ser menos bom.”
De que vale às pessoas uma continuada informação de que as coisas irão continuar tal como estão sem solavancos para sua vida, quando comparado com uma informação que ajude as pessoas a preparar-se para algo que os poderá ajudar a contornar com menos dificuldades as esquinas que a vida lhes poderá colocar à frente?

Escrito isto… na segunda feira, 14 de Março, começámos a ser bombardeados com informação mais positiva do que demonstrava a realidade da questão dos problemas nas centrais nucleares japonesas:

“Não há absolutamente qualquer possibilidade de um Tchernobyl”, declarou o ministro Koichiro Ganba aos membros do Partido no poder, com base num relatório da agência [de segurança nuclear japonesa].
In Expresso

Esta informação assumiu a preponderância na forma como os meios de informação começaram a abordar os problemas nas centrais nucleares japonesas.
Poucos meios de informação no mundo se deram ao trabalho de verificar a fiabilidade de tal comunicado com muito pouco sumo de real informação, e escrevo isto dessa forma porque bastaram um par de dias para que tal fosse liminarmente posto em causa. O jornalismo não é nem pode ser apenas copy\paste das informações (ditas) oficiais, sob pena de se transformar num veículo de distribuição de informação tendenciosa.

E quando os meios de informação fazem realmente jornalismo, o que acabam quase invariavelmente por descobrir é que a versão (dita) oficial dos acontecimentos é tudo menos… verdade:

Há 35 anos, Dale G. Bridenbaugh e dois dos seus colegas da General Electric demitiram-se dos seus cargos depois de ficarem mais que convictos que o desenho do reactor nuclear que estavam a rever — Mark 1 — tinha tantas falhas que poderia conduzir a um acidente devastador.
In ABC

Portanto… as instituições responsáveis por controlar o nuclear já estavam cientes que havia probabilidades bem reais de tal de poder suceder.
Portanto… como ler então esta afirmação: “Não há absolutamente qualquer possibilidade de um Tchernobyl”?
Falsa e manipuladora, talvez?

“Os problemas que identificámos em 1975 foram, que ao desenharem o silo do núcleo, não levaram em consideração as cargas dinâmicas que podiam acontecer com uma perda no sistema de arrefecimento”, disse Bridenbaugh à ABC News. “As cargas que o silo conseguia suster desta rápida libertação de energia podiam destruir o silo e criar uma libertação incontrolável de radioactividade.”
In ABC

Hmmmm…. parece mesmo um relato fiel ao que está a acontecer no Japão… sem tirar nem pôr.

Os seis reactores nas centrais de Fukushima, que sofreram duas explosões, são reactores arrefecidos a água desenhados pela GE. Cinco são dos originais Mark1 e entraram em serviço entre 1971 e 1979.
in The Guardian

Acho que apenas munidos desta informação já teríamos informação suficiente para nunca dizer termos o descaramento de dizer descomplexadamente “não há absolutamente qualquer possibilidade de um Tchernobyl” e estar mais que preocupados em tentar afastar as pessoas do raio de acção destas bombas nucleares em potência.
Mas não, os meios de informação para as massas continuaram e continuam, em mais de 90% dos casos, a contar esperanças, a difundir informações (ditas) oficiais e a fazer muito pouco jornalismo… verdadeiro.

E Fukushima para os japoneses é sinal de mentiras e mentirosos, mas parece que para a maioria dos meios de comunicação é uma fonte segura que serve de sustento de grande parte das linhas que escrevem todos os dias:

No final de Agosto de 2002, a agência japonesa de segurança nuclear concluiu que, desde os anos 1980, havia uma prática sistemática de ocultar problemas detectados nas inspecções à central de Fukushima – incluindo fissuras nas estruturas dos reactores.
A Tepco admitiu tudo e desculpou-se publicamente, apenas para descobrir, um mês mais tarde, mais oito casos de omissão de informação sobre problemas nos tubos de circulação primária da central de Fukushima.
Em 2006, a empresa encontrou dados falsificados sobre a temperatura da água de refrigeração de Fukushima-Daiichi em 1985 e 1988. E em 2007, um sismo de magnitude 6,8 provocou um incêndio noutra central nuclear – Kashiwazaki Kariwa, a maior do mundo.
In Público

Portanto, os mesmos que mentiram constantemente no passado são agora a fonte das esperanças recorrentemente apresentadas nos meios de informação.
Haverá alguma lógica nisto para além do desejo de apresentar uma visão distorcida da provável realidade? Talvez… talvez…

Em Dezembro de 2008 a organização de vigilância internacional para questões nucleares fez saber ao Governo japonês que as regras de segurança das centrais nucleares estavam ultrapassadas e que sismos fortes poderiam ser um «sério problema», avança a edição online do The Telegraph.
In Sol

Ao juntarmos todos os problemas identificados há décadas; as mentiras e omissões recorrentes dos responsáveis, com a informação de que as centrais não estavam devidamente preparadas para lidar com terramotos, ficamos com? Ficamos com uma molhada de factores que nos dizem directamente que o futuro das centrais em causa tenderá a ser pior do que o que está a ser retractado em 90% das notícias presentes nos meios de informação para as massas.
Com que bases sustentam então os meios de informação essa tendenciosa noção que insistem transmitir? Que interesse?

Quando abrem espaço àqueles pouco menos de 10% de informação real, ficamos com isto:

Especialistas nucleares lançaram dúvidas sobre a fiabilidade das informações oficiais disponibilizadas sobre o acidente na central de Fukushima, afirmando que estas seguiam um padrão de secretismo e ocultação verificados em outros acidentes em centrais nucleares. “É impossível aceder às leituras de radiação,” disse John Large, um engenheiro nuclear independente que trabalhou para o governo britânico e que foi nomeado comissário da Greenpeace para o relatório do acidente.
“As acções do governo japonês são totalmente contrárias das suas palavras. Evacuaram 180 mil pessoas mas dizem que não existe radiação.
In The Guardian

Portanto… sustentam maioritariamente as suas afirmações num copy\paste desconexo da realidade apresentado pelas (ditas) fontes oficiais, que mais parecem fontes oficiais para a mentira, e raramente penetram em profundidade nas questões.
Fontes oficiais que pouco mais são que encobridores oficiais da verdadeira história:

(…) o povo japonês continua a esperar em vão por informação fiável sobre a possibilidade de fusão do núcleo e de instruções úteis sobre como se proteger. O que, por exemplo, deverão fazer as 30 milhões de pessoas que vivem na área metropolitana de Tóquio se no futuro Edano anunciar radiações elevadas?
O mesmo está a ocorrer com as instituições japonesas, que estão a confundir o público da mesma forma que o gabinete do Primeiro Ministro. Nessas está incluída a agência nuclear, NISA.
In Der Spiegel

E não são apenas as instituições japonesas e o governo japonês que estão a manipular a forma como a informação está a chegar até às pessoas, com a conivência do copy\paste dos meios de informação para as massas, pois as instituições e governos internacionais também por lá pululam no barulho ensurdecedor da manipulação de informação, nas mentiras:

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que não há risco de radiação excessiva para a população japonesa que vive fora do perímetro de segurança em torno da central nuclear de Fukushima 1. Para já, também não existe risco fora do território japonês.
In Público

A Organização Mundial de Saúde a dizer tal barbaridade perante toda a informação que estava e está disponível? PARA JÁ não existe risco FORA do território japonês e no território japonês não existe risco para além da zona de exclusão?!?!?!
Podemos confiar nestes “monstros” que defendem quase exclusivamente interesses que não os das populações deste mundo?
VERGONHA!

Responsável das Ciências da Grã-Bretanha:

“Assumindo o pior dos cenários, acontecerá uma explosão”, disse. “Bem, isso é bem sério, mas será sério apenas para a área local. Não será um problema sério para outras áreas.”
Assumindo que os padrões de vento irão conduzir a radioactividade até Tóquio, não haverá “nenhum problema sério” para a saúde humana.
In Bloomberg

Inacreditável se não fosse verdade a inverdade monumental exposta nestas palavras de um “ser” que tem responsabilidades na defensa do respeito pelas bases com que a ciência deve proteger este nosso mundo!
Monumental… é única palavra que me vem à cabeça para adjectivar tal displicente comportamento!

Mas não ficamos por aqui…
Então o que disse a Agência de Energia Atómica ou, simplesmente, o braço político-cientifico da ONU para a energia nuclear?

O Secretário Geral da Agência, Yukiya Amano, diplomata japonês que assumiu o cargo em 2009 depois de lóbie intenso por parte de Tóquio. Amano e a sua equipa foram acusados de responsabilidade nas longas demoras na divulgação dos desenvolvimentos sobre o desastre em Fukushima.
“Depois de Chernobyl, todas as forças da industria nuclear foram dirigidas para o esconder deste evento, de forma a não manchar a sua reputação. Os acontecimento em Chernobyl não foram suficientemente estudados porque que tem o dinheiro para realizar esses estudos? Apenas a indústria nuclear. Mas a indústria não gosta disso,” disse Andreev à Reuters.
“Os japoneses foram demasiadamente gananciosos e utilizaram todos os centímetros de espaço. Mas quando se tem uma densa disposição na bacia de combustível usado, então terá um aumento das probabilidades de fogo, caso a água seja retirada da bacia,” disse Andreev.
In The Guardian

Podridão, dinheiro, interesses, são palavras que poderão qualificar a verdadeira essência do ser humano quando em presença de dinheiro a ganhar e de interesses.
Mas mais grave que isso, digo eu, é os meios de comunicação social ficarem agradavelmente à espera que esta carrada de seres asquerosos emitam comunicados pseudo-oficiais, ou seja mentirosos, para reportar em 90% das suas linhas editoriais aquilo que outros desejam que seja a verdade… quando na sua essência essas linhas escritas são apenas uma grande mentira.

Poucos foram os meios de informação que desde o início do acidente não seguiram o guião das informações (ditas) oficiais, as inverdades, e que deram lugar de destaque àquilo que hoje já é uma verdade quase inquestionável. E a verdade é que o que está a acontecer no Japão está a caminhar de forma imparável na direcção de um desastre total, que aparentemente irá continuar a ser “encoberto” na maioria das linhas editoriais da comunicação social deste mundo.
Mesmo assim há uma informação que está a ser recorrentemente “escondida” das páginas da comunicação social, mesmo naqueles exíguos 10% abertos à realidade:

“Cremos actualmente que a unidade 4 possa ter perdido uma parte significativa do seu inventário, se não mesmo toda a sua água,” disse Jaczko perante a Comissão de Audiência de Energia e Comércio. “O que sabemos da unidade 3, e reafirmo que a informação que temos é limitada, o que achamos é que também existe um rompimento na piscina de combustível usado da unidade 3, o que poderá conduzir à perda de água.”
“Estamos muito próximos do ponto sem retorno,” afirmou o Dr.Michio Kaku.
“Temos rompimentos, rompimentos nos silos… e se esses rompimentos aumentarem ou se acontecer uma explosão, estaremos a falar de Chernobyl, algo para lá de Chernobyl,” afirmou Kaku.
In ABC

Esta é muito provavelmente a real realidade da situação neste momento. Enquanto isso os nossos meios de (des)informação preferem dar lugar de destaque a algo que pessoalmente considero um desenho animado para a cabeça dos Zé Povinhos do mundo tal a sua insignificância, até mesmo estupidez:

Poucos minutos depois das 10.00 da manhã no Japão (2.00 em Portugal), helicópteros do exército atiraram água do mar (mais de 7.500 litros) para o reactor 3 (o mais perigoso porque contém plutónio em vez de urânio). No reactor 4 está prevista a injecção de água através de camiões preparados para o efeito.
In Diário de Notícias

Hmmm… os mesmos helicópteros que têm dificuldades em conseguir apagar um vulgar incêndio numa mata estão a ser usados para tentar fazer baixar temperaturas nos reactores que podem ultrapassar temperaturas quase incomensuráveis?!?!?!?!?!?!
Não sei se hei-de rir ou chorar tal o estado das coisas por lá, mas este poderá ser indubitavelmente um sinal que já estejam a tentar o impossível, a gastar os últimos cartuxos.
E mais simples ainda… meus senhores, se eles pensam que conseguem arrefecer os reactores com água lançada de helicópteros, então poderá ser porque o silo, que protege o mundo da radiação do reactor, está exposto, de outra forma seria apenas água contra as paredes do sarcófago nuclear… e se o silo está exposto…

O lançamento de água do mar a partir de helicópteros militares para tentar resfriar um dos reactores da usina de Fukushima 1 não surtiram os efeitos esperados e os níveis de radiação seguem altos no local, informou nesta quinta-feira a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que opera o complexo nuclear.
In Folha

Pois claro…

Conclusão:
Uma onda de mentiras inundou este mundo… mentiras compradas desde há décadas para que o mundo não se apercebesse da onda que já estava formada… e um tremor em formato de temor assumiu posição no mundo… exceptuando nos meios de informação para as massas que são quase apenas e só máquinas de impressão de mentiras… e por isso, grande parte do mundo vive ainda hoje como se não houvesse amanhã… o problema é que o amanhã pode não chegar como desejado hoje… pode não vir a ser um cantinho amado… pois poderá estar a caminho um tsunami nuclear…

Notícia do Expresso – Agência de segurança nuclear exclui acidente do tipo Tchernobyl
Notícia da ABC – Fukushima: Mark 1 Nuclear Reactor Design Caused GE Scientist To Quit In Protest
Notícia do The Guardian – Japan’s nuclear crisis: regulators warned of reactor risks
Notícia do Público – Escândalos e dúvidas na história da central de Fukushima
Notícia do Sol – Japão foi avisado sobre perigo de sismo nas centrais nucleares
Notícia do The Guardian – Japan radiation leaks feared as nuclear experts point to possible cover-up
Notícia do Spiegel – Japanese Leaders Leave People in the Dark
Notícia do Público – OMS: não há risco fora do perímetro de segurança
Notícia da Bloomberg – Radioactive Risk to Tokyo Limited Even in Worst Case, U.K. Official Says
Notícia do The Guardian – UN’s nuclear watchdog IAEA under fire over response to Japanese disaster
Notícia da France24 – Japan’s nuclear crisis is ‘uncharted territory’
Notícia da ABC – Nuclear Crisis: NRC Says Spent Fuel Pool at Unit Four Lost Massive Amounts of Water; Japan Disputes Claims
Notícia do Diário de Notícias – Helicópteros lançam água para evitar fusão
Notícia da Folha – Operação com helicópteros fracassa e níveis de radiação seguem altos em Fukushima

Vergonha das Vergonhas!

Quão seguras são as dívidas soberanas da zona euro? Triunfo total da Alemanha com a subjugação do peixe miúdo da Europa. União Europeia desenvolve uma nova linha de salvação para Portugal. Portugal acha que os juros se situarão entre os 5% e os 6%. Novo programa de austeridade foi feito com técnicos do BCE e da Comissão Europeia. Reformados são os mais afectados pelas novas medidas de austeridade. Pensionistas com menores rendimentos irão ser os mais castigados nos impostos. Reformados pagam mais de mil milhões da consolidação. Pensionistas devem receber menos 449 milhões. IRS pode subir até mais de 540 euros para os reformados. Governo insiste no tecto às despesas com a saúde para 1,5 milhões de contribuintes. Saúde prepara novos cortes nas comparticipações. Executivo quer liberalizar rendas antigas. Finanças voltam à proposta de subida do IVA nos produtos alimentares. Executivo não vai forçar portugueses a comprar dívida pública. Governo vai encorajar a poupança automática das famílias. Governo prepara redução do IVA para o golfe.

Há momentos em que os dramas causados pela natureza neste nosso mundo fazem com que deixemos escapar os dramas evitáveis cozinhados usualmente por aquelas classes de Homens que são verdadeiramente anormais… os bananas e os casineiros.

Portugal, a sua soberania e o seu Zé Povinho – o que não faz parte do 1% – foram nestes últimos dias atacados por um tsunami de medidas dantescas com o cunho dos anormais. Infelizmente a natureza presenciou-nos com um tsunami que era, esse sim, imparável. O tsunami social que está a ser desenvolvido contra o Zé Povinho português é evitável… desde que…

Antes de entrar, propriamente dito, nos danos para Portugal, façamos uma pequena “tour” pelas dívidas soberanas e suas classificações atribuídas pelas entidades internacionais:

In The Telegraph
Há aqui coisas que saltam logo à vista.
– As economias mais fortes da Europa, quase sem excepção, são as que estão mais endividadas e todas elas estão no topo das classificações, exceptuando a Itália que é por sinal a rainha das dívidas.
– Porque razão a Estónia, que não pede quase dinheiro emprestado, não está classificada como AAA?
– Porque razão a Itália que é um monstro sorvedouro de dívida não está ao nível da Grécia?
Há por aqui coisas que derrotam o bom senso, digo eu.
Será esta uma classificação da força e poder da banca e não uma classificação ao risco de incumprimento de pagamento de um Estado, como nos é constantemente transmitido pelos nossos(?) meios de comunicação social?
A Estónia que nada deve tem um risco de incumprimento comparável ao de Portugal? Brincamos ou quê?
Os que mais devem são, por norma, aqueles que melhor classificação têm? Brincamos ou quê?
Como é possível a Itália não estar a ser consumida pelas agências de rating, tal a monstruosidade da sua dívida? Brincamos ou quê?
Pelos visto isto poderá ser mais uma brincadeira dos casineiros com a conivência dos bananas, tal a incongruência demonstrada nesta tabela quando comparada com as palavras usadas para explicar os seus porquês.

E então o facto da Alemanha ter uma vez mais imposto as suas medidas no seio da Europa?
Haverá um país que será mais que os outros nesta Europa a muitos… poucos? Pelos vistos…

A dama de ferro Chanceler da Alemanha não podia ter sido mais clara. “Quem quiser crédito terá de aceitar as nossas condições.”
In The Telegraph

Mas isto é uma Europa a 1 ou a 17?
A resposta? A 1!

E quais foram as imposições da Alemanha aos três párias da Europa, Grécia, Irlanda e Portugal?
Grécia:

À Grécia, os termos são a obrigação de vender bens do Estado no valor de 50 mil milhões no espaço dos próximos quatro anos, um aumento de dez vezes sobre os iniciais 5 mil milhões que o Primeiro Ministro George Papandreou julgava ter assinado no ano passado.
In The Telegraph

Os principais bens do Estado grego estão avaliados em pouco mais de 15 mil milhões de euros, onde irá o governo grego desencantar mais 35 mil milhões? Onde? Irá vender ilhas? Irá vender soberania? Irá vender o seu Zé Povinho? Talvez tenha de vender um pouco de tudo de forma a conseguir agraciar a banca alemã com o cumprimento das dívidas…

Irlanda:

Para a Irlanda, uma condição apenas – ainda não aceite – que é subir a taxa de IRC de 12,5% sobre o investimento, descrito pelo líder francês Nicolas Sarkozy como “obsceno”.
In The Telegraph

Para Portugal:

Para Portugal, é mais cortes, uma redução do défice para 5,3% num ano. Pensões, apoios sociais e gastos com a saúde terão de ser reduzidos, depois das medidas já adoptadas de redução dos salários.
In The Telegraph

Pessoalmente tenho muito orgulho em ser português, tenho muito orgulho das minhas origens e não aceito de bom grado, sob condição alguma, que alguém de fora do meu país decida o que o Zé Povinho português terá de sofrer de modo a que um grupo de bananas e casineiros possa lavar a sua face perante a alta sociedade do despesismo e da dívida europeia. Que moral tem essa dama de ferro para exigir o que quer que seja aos outros quando ela governa um dos maiores desgovernos na Europa? Que moral atesta esse Sarkozy para exigir aos outros aquilo que ele não faz?
Porque não exigem a vós, Alemanha e França, uma redução de 90% das suas dívidas públicas, de forma a ficarem equiparáveis às restantes da Europa? Porque não exigem à Itália a redução em 90% da sua dívida pública de forma a ficar comparável aos restantes membros desta Europa a poucos?
PORQUÊ?!?!?!?!?!?!?

E os bananas de Portugal aceitam ser subservientes do despesismo dos outros para que o seu despesismo possa ser salvo por uma linha de financiamento que permitirá aos nossos bananas poderem recorrer a ela caso os mercados lhe fechem a porta. Portanto, Portugal já está a receber o pacote de ajuda(?) – belo nome dado pelos predadores a um pacote de LUCRO – providenciado pelo União Europeia. Só falta o FMI, mas como as semelhanças entre EU e FMI são mais que muitas, venha o diabo e escolha o pior…
E os nossos bananas vendem a sua subserviência e soberania do nosso Portugal por taxas de juro entre os 5% e os 6%. Para quem já não se lembre, ainda não faz um ano e Portugal financiava-se nos mercados a taxas aproximadas a 3,5%. Onde está ajuda? Pelo menos digam a verdade… não é uma ajuda é apenas e quase só um lucrar POR VEZES um pouco menos do que se fosse em mercado aberto. Isto são acções de predadores e não de países que se dispõem a ajudar Portugal.
E claro, como confirmação da venda da soberania nacional a uns casineiros e bananas estrangeiros, ficámos a saber que as medidas de austeridade que estão agora a ser cozinhadas foram feitas sob anuência e presença física de membros da União Europeia e do Banco Central Europeu.
Perdoem-me a expressão: Em tempo de guerra a traição à pátria é um crime de extrema gravidade, e como considero que o Zé Povinho está a ser dizimado e bombardeado nesta guerra aberta dos casineiros com a conivência dos nossos bananas, isto é um crime de LESA PÁTRIA!

Uma equipa de técnicos do Banco Central Europeu de várias nacionalidades incluindo alemã, assim como técnicos da Comissão Europeia estiveram durante estas duas últimas semanas a desenhar com o Ministério das Finanças as medidas hoje anunciadas, apurou o Negócios.
In Jornal de Negócios

Eu tenho vergonha dos nossos bananas! VERGONHA!!!!!

Mas vergonha deviam eles ter e não têm, pois é mesmo à descarada que assumem a defesa daqueles que não necessitam dela para desproteger ainda mais os mais pobres! VERGONHA!!!!
Então ficámos a saber que as medidas IMPOSTAS pelos casineiros e bananas alemães e afins servirão para retirar o pouco que ainda sobra aos mais pobres e aos mais desprotegidos de modo a conseguirem continuar a alimentar o seu modo de vida totalmente desconectado da realidade de 99% do Zé Povinho. VERGONHA!!!!

Reformados são os mais afectados pelas novas medidas de austeridade.
Cortes nos rendimentos mensais e aumento do pagamento de impostos em sede de IRS será a nova realidade dos pensionistas portugueses.
In Jornal de Negócios

Pensionistas com menores rendimentos vão ser mais castigados nos impostos.
Agravamento fiscal anunciado pelo Governo pode ultrapassar os 530 euros para reformados com pensões de cerca de 805 euros mensais.
In Diário Económico

Reformados pagam mais de mil milhões da consolidação em 2012.
Um quarto do esforço previsto para 2012 será pago pelos idosos portugueses através de cortes de pensões e aumentos de impostos,
In Jornal I

IRS pode subir até mais 540 euros para os reformados
Além de cortes ou congelamentos no valor na pensão, uma grande fatia de reformados poderá contar com outra ceifadela no valor da sua reforma por via do IRS.
Serão prejudicados todos os reformados com pensões abaixo de 2.300 euros/mês, mas o sacrifício maior será para quem ganhe abaixo de 1.700 euros. Nalguns casos, o IRS a pagar pode duplicar.
In Jornal de Negócios

Não há maior descaramento social que retirar àqueles que menos têm para dar aos que já têm demais. Alguém por acaso ouviu alguma medida para taxar mais os que mais têm?!?!?!?!?
Por acaso alguém ouviu alguma medida para retirar os benefícios fiscais e taxar mais a banca?!?!?!?!
Por acaso alguém ouviu alguma medida para taxar os lucros em bolsa?!?!?!?!
Por acaso alguém ouviu alguma medida para taxar o movimento de capitais para as offshores?
ALGUÉM?!?!?!?!?!?!
VERGONHA!!!!!!!

Ah, mas não nos esqueçamos que os alemães exigiram cortes na despesa com a saúde.
Quem, do Zé Povinho, é mais afectado por cortes da despesa com a saúde? Quem? Principalmente os reformados e os mais pobres!!!! VERGONHA!!!!

Os contribuintes com um rendimento colectável entre 7.410 e os 61.244 euros por ano arriscam-se a sofrer um forte aumento da carga fiscal nos próximos anos, caso as intenções do Governo em matéria de IRS avancem.
In Jornal de Negócios

Portanto, todos os contribuintes que ganhem mais de 610 euros por mês, ou seja, quase todo o Zé Povinho, deixará de poder deduzir despesas com a saúde…
Ok, ainda não tiraram tudo pois não?

Saúde prepara novos cortes nas comparticipações
Novas medidas de controlo da despesa do SNS podem passar pela redução nas comparticipações de medicamentos e pela revisão das tabelas da ADSE.
In Diário de Negócios

Ainda não tiraram tudo mas vão tirar mais uma talhada. E quem irá sofrer mais com mais esta medida? Os reformados e os mais pobres!!!! VERGONHA!!!!!!!!!

Será que ainda haverá espaço para mais vergonhas?

Executivo quer liberalizar rendas antigas.
Em causa está o aumento de 429 mil rendas anteriores a 1990.
O Governo anunciou ontem a intenção de liberalizar as rendas antigas – anteriores a 1990. Em causa estão 429 mil rendas de entre as cerca de 700 mil existentes, segundo dados dos Censos de 2001.
In Diário Económico

Então não há!!! Até conseguirem que deixe de haver Estado Social esta seita de predadores racionalmente bajuladores da banca e dos interesses internacionais irão sempre encontrar mais medidas para irem com as suas conspurcadas mãos de traição ao bolso dos mais pobres!
Quem paga rendas anteriores a 1990?
Na sua grande maioria os reformados!!!! VERGONHA!!!!!!

Mais?

Finanças retomam proposta de subida de IVA nos produtos alimentares.
Na mira do Executivo poderá estar novamente o aumento das taxas reduzidas e intermédias de IVA que incidem sobre alguns produtos. Isto é: passagem de alguns produtos com taxa de 6% para 13%, e desta taxa intermédia para a taxa normal que, desde Janeiro deste ano, passou de 21% para 23%.
In Diário Económico

Há sempre espaço para mais uma…
Quem senão os mais pobres irá sofrer com o aumento da taxa de IVA sobre os produtos alimentares de primeira necessidade?
VERGONHA!!!!!

E depois disto tudo ainda temos direito à ideia do século, que me fez recordar tempos passados num passado com muito pouca liberdade e ainda menos liberdade de expressão:

O ministro das Finanças anunciou hoje que está a trabalhar com o Banco de Portugal num plano de promoção da poupança interna e redução do endividamento das famílias.
O Ministério das Finanças não explica que forma vão assumir estas “poupanças automáticas”. Da oferta da banca fazem parte algumas soluções que prevêem a entrega mensal de montantes fixos para contas poupança.
In Jornal de Negócios

Hmmmm… quase sempre que os bananas colocam um título pomposo nas suas medidas como “poupança automática”, acaba invariavelmente por demonstrar ser o contrário. Por isso, talvez isto ainda venha ser uma “poupança compulsiva”, porque quase a única coisa que a esmagadora maioria do Zé Povinho português consegue poupar é na raiva para com os bananas!

“A poupança é voluntária”. Foi com esta resposta ao Diário Económico que o Ministério das Finanças descartou a possibilidade de o pagamento do 13º mês ser efectuado com títulos de dívida pública portuguesa. Isto significa que se Teixeira dos Santos decidir adoptar esta medida de contenção, a mesma não surgirá como uma imposição. Um ligeiro alívio para os portugueses que acabam de conhecer novas medidas de austeridade.
In Diário Económico

Ahhhhh… com que então esta medida poderá ser uma artimanha com um título todo pomposo para esconder o que na sua essência será um IMPOSTO COMPUSIVO SOBRE O 13º MÊS de ordenado do Zé povinho… ahhhh!!!! VERGONHA!!!!!

E para fechar por hoje nada melhor que aqui deixar um claro sinal dado pelos nossos bananas de que nem todos os impostos irão subir e quem nem todo o Zé Povinho irá sofrer ainda mais:

Os campos de golfe deverão voltar a ser tributados à taxa reduzida de IVA, de 6%, em vez dos 23% que são obrigados a praticar desde o início do ano, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado (OE) para 2011. A mudança surge num momento em que o Governo prepara medidas de austeridade que também atingirão o IVA, mas será feita à margem delas, e dispensará inclusivamente qualquer alteração legislativa: passará por uma informação vinculativa do Fisco a estabelecer uma nova interpretação jurídica para a lei agora em vigor.
In Jornal de Negócios

Mal tenho palavras para conseguir descrever isto!!!!! Então rouba-se à descarada dos pensionistas, dos mais pobres,  retiram-se-lhes quase direitos consagrados na constituição portuguesa, aumenta-se o IVA para os produtos que são primeira necessidade para os pobres, e baixa-se o IVA para os campos de golfe?!?!?!?!?!?!?
ISTO É UMA CASA DE LOUCOS GERIDA POR LOUCOS BAJULADORES DESPRENDIDOS DE QUALQUER SENTIMENTO SOCIAL!!!!!!!!!!!
Alguém por aí joga golfe e paga a mensalidade (baixinha) de um clube de golfe????
VERGONHA!!!!!!!

Conclusão:
Quanto mais se deve mais famoso se fica, este é o sinal dado pelo mundo dos artistas… onde uma das maiores e mais famosas artistas é uma alemã que subjuga todos os outros que não são tão famosos na dívida quanto ela… e lança o isco da salvação ilusória para o peixinho miúdo morder no anzol da ilusão da fama… e o isco são 5 ou 6 chumbadas na cabeça do Zé Povinho… chumbadas que foram moldadas por outros que nos dizem não pescar em Portugal… e ainda mais miúdo é o peixe que se preparam para capturar, o peixe reformado e cansado, e o peixe pobre e quase seco…  retirando-lhes quase tudo o que já nem sequer têm… retirando-lhes a saúde e a casa que mal têm… retirando-lhes a papinha da boca que já nem têm… e dando-lhes aquilo que dizem ser bom mas que é realmente um pau de dois bicos… e entretanto… um “all in one” para aquele 1% do Zé Povinho que é peixe graúdo…
Vergonha das vergonhas!

Notícia do The Telegraph – How safe is Eurozone sovereign debt? – table
Notícia do The Telegraph – Total German triumph as EU minnows subjugated
Notícia do Diário Económico – União Europeia cria uma nova linha de salvação para Portugal
Notícia do Jornal de Negócios – Portugal aposta em que a ajuda europeia limite juros entre 5% a 6%
Notícia do Jornal de Negócios – Novo programa de austeridade foi feito com técnicos do BCE e da Comissão
Notícia do Jornal de Negócios – Reformados são os mais afectados pelas novas medidas de austeridade
Notícia do Diário Económico – Pensionistas com menores rendimentos vão ser mais castigados nos impostos
Notícia do Jornal I – Reformados pagam mais de mil milhões da consolidação em 2012
Notícia do Jornal de Negócios – IRS pode subir até mais 540 euros para os reformados
Notícia do Jornal de Negócios – Governo insiste nos tectos às despesas de saúde para 1,5 milhões de contribuintes
Notícia do Diário Económico – Saúde prepara novos cortes nas comparticipações
Notícia do Diário Económico – Executivo quer liberalizar rendas antigas
Notícia do Diário Económico – Finanças retomam proposta de subida de IVA nos produtos alimentares
Notícia do Jornal de Negócios – Governo vai “encorajar poupança automática das famílias”
Notícia do Diário Económico – Executivo não vai forçar portugueses a comprar dívida pública
Notícia do Jornal de Negócios – Governo prepara redução do IVA para o golfe

Quem Nos Salva?

Taxa de juro aumenta 249% em 11 meses. Portugal irá necessitar de 20 anos para conseguir regularizar a dívida. Doze bancos espanhóis têm de reforçar capital em 15 mil milhões. Fitch: Bancos espanhóis precisam de pelo menos 38 mil milhões. Moody’s: Bancos espanhóis necessitam no mínimo de 40 mil milhões. Molycorp diz que a China em 2015 passará a ser importadora de elementos raros. A contaminação do plástico no oceano Atlântico. Japão vai rever a lei de mineração, para tentar chegar até aos 3,6 biliões em recursos subaquáticos. A doença do derrame de petróleo está a destruir vidas.

Portugal, Espanha, China e mundo de candeias às avessas, aos solavancos, aos trambolhões na insanidade de uns quantos.

Ficámos hoje a saber, não é que seja uma surpresa, pelo menos para quem tem andando minimamente atento, que os juros cobrados a Portugal aumentaram, desde Abril do ano passado, 249%249%!!!!!
Portanto, já todos(?) deverão estar cientes que Portugal irá ter de pagar em juros, simplisticamente falando, mais 249% em milhares milhões de juros, para além dos imensos milhares de milhões que tem em dívida.
Se acham que tal é pagável, quem sou eu para contrariar tal convicção, mas mesmo assim gostava de referir que os sonhos não são necessariamente passíveis de serem transformados em realidades…

A realidade é, como ficámos hoje a saber, que Portugal irá necessitar de pelo menos 20 anos, duas décadas, para conseguir regularizar a sua dívida de modo que esta fique abaixo de 60% do seu PIB.
Isto para mim é puramente um sonho dentro da actual funcionalidade deste sistema monetário. Teria de escrever imensas linhas para tentar justificar toda essa minha opinião, por isso irei utilizar apenas os dados mais facilmente palpáveis para a tentar justificar, baseando-me apenas e como sempre em notícias dos meios de comunicação generalistas que saíram nos dias mais recentes.

20 anos… duas décadas… Será que estão cientes que isso poderá significar que irão ser duas décadas de contracção económica, duas décadas de aumentos nos impostos, duas décadas de redução da qualidade de vida, duas décadas de redução no rendimento per capita disponível, duas décadas de perdas de direitos adquiridos, duas décadas de diminuição do Estado Social, duas décadas de aperto no cinto? Duas décadas! Vinte anos!
Estará o Zé Povinho disponível para aguentar a contracção deste sistema e a regressão no seu nível e qualidade de vida durante duas décadas, vinte anos?
O povo é sereno, dizem alguns… por isso, talvez… mas também talvez não…

E então se forem (muito) mais que apenas duas décadas, como pessoalmente considero que é o mais provável, dados os indicadores que temos actualmente disponíveis?
Comecemos por pegar nos indicadores que nos chegam de Espanha…
Então, ficámos hoje a saber que doze, 12!, bancos espanhóis chumbaram nos testes de stress desenvolvidos pelo governo de nuestros hermanos, e que terão de aumentar em 15 mil milhões de euros o seu capital.
Ok, nada de mais, poderão alguns pensar… Talvez peçam uns empréstimos e tapem esses buracos com numerário (ilusório)… talvez… ou talvez não…
E se o tamanho do buraco for como a Moodys e a Fitch anunciam?
E se o buraco for de até 100 mil milhões de euros, cinco vezes mais que o total que o Estado português necessita de financiamento para este ano? Hmmm… quando analisado desta forma as semelhanças com a Irlanda são realmente peculiares, no mínimo… e no mínimo o Estado espanhol irá cair… de joelhos…
Hmmm, com que então vinte anos para Portugal conseguir acertar as suas contas, mas essa análise baseia-se no facto que a Espanha se mantenha de pé. Então, se a Espanha ruir, quantos mais anos teremos de adicionar a esses vinte? (Isto sem sequer contemplar a hipótese de Portugal cair)

Seguindo…
E ontem conheci a Molycorp, a maior produtora de elementos raros do planeta fora da China, que disse esta coisinha importante que poderá escapar à mente dos mais incautos:

“Elementos do governo chinês alertam consistentemente sobre a intento da China continuar a restringir as exportações dos elementos raros, e a possibilidade da China se tornar importadora dessas elementos por volta de 2015,” afirmou a companhia com sede no Colorado, Greenwood Village, quando anunciava os seus resultados do quarto trimestre do ano que findou. “O consumo interno de elementos raros da China irá continuar a aumentar ao ritmo do crescimento do seu PIB.”
In Bloomberg

Como para muitos esta coisa dos elementos raros do planeta poderá ser território desconhecido, irei fazer uma pequena abordagem a eles (simplista).
1 – Quase tudo o que são tecnologias modernas necessitam deles, sem eles não seria possível o seu desenvolvimento – LCDs, telemóveis, todos os desenvolvimentos tecnológicos nas renováveis, carros eléctricos, etc, etc, etc, etc,…
2 – A China é o maior produtor e exportador mundial, com uma cota de produção de 95% de todos os elementos raros do planeta.
Pegando nestes dados verdadeiramente primários… depois do mundo ocidental ter “despachado” quase toda a indústria transformadora para a Ásia e ter ficado “apenas” com as indústrias de tecnologia de ponta, que são as grandes sorvedouras dos elementos raros do planeta, vê-se agora a braços com o seu mundo a ficar sem as matérias-primas que são a base funcional dessas indústrias. A China já começou este ano a reduzir e significativamente as suas exportações de elementos raros e em breve, segundo o relato disponibilizado, juntar-se-á a todo o restante mundo na luta pelos restantes 5% do total produzido não extraído no seu território.
Hmmmm… portanto, aquilo que temos ouvido recorrentemente dos nossos bananas, “Portugal está a investir nas indústrias de ponta, nas novas tecnologias”, será realmente algo com futuro e que poderá realmente ajudar na redução de dívida?
Hmmm… talvez sim, se descobertas muito em breve formas para contornar esse problema… mas talvez não… muito provavelmente, não, e dados os dados que temos em mão, Portugal, que é quase insignificante neste mundo, dado o seu tamanho geográfico, não irá conseguir angariar matéria-prima para sustentar as suas empresas de tecnologias de ponta.
Portanto, ainda consideram que em vinte anos, duas décadas, Portugal poderá conseguir reduzir a sua dívida?

Ainda temos o mar. A nossa costa marítima é a mais extensa da Europa. Poderá estar por aí o nosso futuro, poderão alguns pensar… e bem, diga-se de passagem…
É sem dúvida uma das formas de Portugal desenvolver a sua economia, mas infelizmente também cada vez mais os oceanos são a casa de banho, a lixeira e zona aberta das loucuras de uma sociedade que está dependente do petróleo e das matérias-primas, e que vive em estado de espiral crescente sofreguidão.

A imagem dos oceanos como a casa de banho e lixeira das sociedades humanas:

O SES recolheu mais de 6000 amostras de plástico(…). Um dos espólios mais chocantes foi efectuado durante uma recolha que durou 30 minutos em 1997, quando os cientistas recolheram 1069 pedaços nesse pequeno espaço de tempo. Calcularam que isso equivalia a 580 mil pedaços de plástico por quilómetro quadrado.
Os plásticos contêm também químicos que são gradualmente libertados nas águas e na atmosfera. Os peixes ao respirar esses químicos presentes na água acabam por ficar contaminados. Depois são capturados pelos pescadores e essa contaminação acaba por entrar na cadeia alimentar humana.
In Earth Times

Portanto, se em 1997 andavam à deriva nos oceanos 580 mil pedaços de plástico por quilómetro quadrado, passados 14 anos, como acham que estará o quilómetro quadrado nos mares?
Ainda teremos mar, disso não restam dúvidas, mas que mar teremos e em que estado estará para ajudar a aliviar a dívida nacional?

Talvez por lá exista para Portugal o mesmo que os japoneses estão a pensar conseguir amealhar:

O ministro do Comércio japonês planeia simplificar a lei de mineração dos recursos marinhos, pela primeira vez desde 1950, para ajudar no desenvolvimento da exploração de recursos subaquáticos que poderão ascender a 300 mil milhões de yenes.
In Bloomberg

Talvez também tenhemos por lá ouro e outros minerais que tal. Mas quais poderão ser as consequências para o futuro da riqueza marinha e para a saúde da nossa população?
Talvez a melhor forma de se analisar isso seja tentar entender que danos foram até agora estabelecidos como causa directa do derrame e dos dispersantes usados para tentar controlar o desastre da BP no Golfo do México:

“Os dispersantes estão a diluir-se na água e a deixar solúveis os compostos químicos, que são depois transportados pelo ar, que chegam a terra através das águas da chuva.”
“Estou assustado com o que tenho descoberto. Estes compostos cíclicos misturam-se com o Corexit [dispersante] e geram outros compostos cíclicos que não são nada bons. Esta é uma catástrofe ambiental sem precedentes.”
In AlJazeera

Este é o resultado dos sonhos e vícios do Homem em sociedades que não medem as consequências dos seus actos para o seu futuro. O investimento nos oceanos, tal como é analisado por esta estrutura económico-social actual, resulta num perigo monumental para a natureza, para o Homem e para o planeta.

“Sr. Presidente, a minha preocupação é que estes componentes tóxicos lesivos ainda estejam a ser utilizados e que irão, a longo prazo, criar um grave problema ao nosso Estado, aos nossos cidadãos, ao nosso ecossistema, à nossa economia, à nossa indústria pesqueira, à nossa vida marinha e à nossa cultura.” Senador da Luisiana, AG Crowe.
“Não seremos enganados a acreditar que o petróleo e as toxinas já desapareceram. Como os dispersantes tóxicos foram, e ainda estão em uso actualmente, o petróleo está a descer até às colunas submarinas de água e entrar num ciclo interminável na corrente do Golfo afectando de forma adversa o nosso meio-ambiente.”
In AlJazeera

A corrente do Golfo passa mesmo aqui ao lado…
Nos oceanos não existem fronteiras, assim como no ar… a poluição e destruição causadas noutros pontos do planeta chegam quase sempre à nossa costa… e como poderá Portugal desenvolver uma solução económica para si próprio quando aquilo que julga ser seu é na realidade de todos? E pior, é na realidade a casa de banho do mundo…

Portanto, vinte anos poderá ser uma previsão no mínimo muito optimista, para não escrever mesmo sonhadora.
Não irão ser apenas vinte anos de prisão económica, de retracção social, irão ser muitos mais a não ser que todo este mundo em que vivemos comece a olhar para o seu mundo com olhos de gente realmente preocupada.
Só será possível em vinte anos se as desigualdades entre classes forem rebatidas, se os Estados aumentarem os apoios à união social através de estudos para todos, se os seus Zé Povinhos passarem a ser o seu maior bem e se a natureza que nos envolve passar a ser mais que apenas matéria-prima para ajudar nos ganhos pessoais, lucro, de uns quantos, muito poucos, homens que vivem como se não houvesse amanhã.

Conclusão:
O juro cobrado à nossa vida é medido pela taxa de loucura de uns quantos, muito poucos, que viveram e vivem num presente sem futuro… e que sem uma mudança radical na sua forma de viver a vida que é de todos, nem 40, nem 30, nem 20 anos mais haverão… até pode ser que os quantos, muito poucos, dos nuestros hermanos que viveram e vivem nesse presente sem futuro consigam desencantar mais uns anos para nós… mesmo que os árbitros das finanças dos loucos digam que os anos estão já contados para eles… até pode ser que o crescimento continuado da loucura chinesa nos possa vir a ajudar, mesmo que a sofreguidão com que cresce faça decrescer as esperanças de uma vida vivida para além deste presente… e talvez os mares nos salvem… mas… primeiro… temos todos de salvar os mares que vivem hoje ao ritmo de uma vida sem futuro…
Ao fim ao cabo, afinal de contas, quem nos salva… a nós… e ao mundo?

Notícia do Correio da Manhã – Taxa de juro dispara 249% em 11 meses
Notícia do Diário de Notícias – Portugal vai demorar 20 anos para regularizar dívida
Notícia do Diário Económico – Doze bancos espanhóis forçados a reforçar capital em 15 mil milhões
Notícia do Destak – Bancos espanhóis precisam de pelo menos 38 mil milhões de euros- Fitch
Notícia da Reuters – Moody’s reduz nota da Espanha e cita custo para recuperar bancos
Notícia da Bloomberg – Molycorp Says China May Become Net Importer of Rare-Earth Minerals by 2015
Notícia da Earth Times – Plastic Contamination in the Atlantic Ocean
Notícia da Bloomberg – Japan to Revise Mining Law, Seeking $3.6 Trillion in Undersea Resources
Notícia da AlJazeera – Gulf spill sickness wrecking lives

O Aquece Que Arrefece

O que aconteceu ao “ano mais quente desde que existem registos?”: A verdade é que o aquecimento global está em pausa. Estamos a gelar devido ao aquecimento global?. Ted Turner defende uma política global de um filho por casal para salvar o planeta.

Frio, calor, chuva, seca, quase tudo é responsabilidade do aquecimento global… Esta é hoje em dia parte da lógica usada para tentar explicar o fenómeno que assola os estudos de muitos dos cientistas do clima… mas… essa tentativa de lhe transmitir lógica tem de entrar no campo da efectividade dos números, e aí, por vezes, “a porca torce o rabo”.

Fomos na última semana bombardeados com a notícia – nem lhe dei lugar aqui no minha mOsca, pois era apenas mais uma falsa e “manipuladora” notícia sobre o clima -: 2010 poderá ser o ano mais quente desde 1850.
Mais uma vez fiquei pacientemente à espera da notícia que colocasse em xeque tal parangona desmedida e potencialmente “mentirosa”. E nem tive de esperar muito tempo… hoje foi o dia.

Gostava de salientar que este tipo de notícias bombásticas sobre alterações drásticas na temperatura do planeta saem quase sempre um pouco antes do início de reuniões internacionais sobre o clima, desta feita em Cancún, e esta não foi em nada diferente… aquilo a que depreciativamente chamo de: “O joguinho dos interesses sobre os interesses daquilo que não interessa”.

Pegando nas palavras do Daily Mail:

“De pouco importa que a Grã-Bretanha, tal como nos invernos dos últimos dois anos, estivesse a lidar com uma frente fria, que levou que a temperatura baixasse até -20º em algumas localidades, e que tenha sido o ano mais frio desde 1996.”
“Cruzando dados, eles encobrem uma verdade que para alguns, parafraseando o antigo vice-Presidente dos Estados Unidos Al Gore, é realmente inconveniente: nos últimos 15 anos, o aquecimento global estagnou.”

In Daily Mail

Talvez tais linhas sejam uma surpresa para muitos, mas a surpresa para mim era tais linhas não descreverem isso mesmo, porque há muito que o tema aquecimento global deixou de ser uma questão de defesa do ambiente e passou a ser uma questão da política e das finanças, impulsionada pelo mercado dos créditos de carbono, mercado que dá ainda mais dinheiro a ganhar à banca e faz os produtos ficarem ainda mais caros ao consumidor… um imposto escondido…
Sempre que os meninos “bananas” e os “casineiros” se juntam a brincar aos mercados a mentira passa a ser lei, e a lei neste tema há muito que é mentirosa!

Continuando… as grandes mentes da ciência do clima, ainda assim, continuam a aventar que até 2100 a temperatura do planeta irá aumentar 6º… Se começarmos a fazer contas… 6º… 90 anos… 6 a dividir por 9 é igual a… 0,6º por década… hmmm…

“Na realidade, com a excepção de 1998 – um ano atípico em que aasistimos a temperaturas altas recorrentemente, devido a um «El Nino» muito forte – os dados presentes nas páginas na Internet do Met Office (Instituto de Meteorologia)e do CRU (Unidade de Pesquisa do Clima), apresentam que as temperaturas globais têm estagnado, não apenas nos últimos 10 anos, mas nos últimos 15 anos.”
(…)”pelos dados do Met Office, o aumento da temperatura global desde 1850 foi de menos de 0,8º”(…)

In Daily Mail

Ui… 15 anos de temperaturas médias globais sem representar aumento médio de temperatura? E 0,8º de aumento em 160 anos?
Acho que se calhar podemos começar a chamar a este caso o “fritanço global”, tal o aumento da temperatura!

E como aparentemente a causa do aquecimento global induzir o aquecimento do planeta começa a ter cada vez menos bases sólidas para vingar entre as populações de Zé Povinhos do mundo – até mesmo nos dados -, tais as disparidades e erros básicos na ciência, que a melhor forma começa a ser dizer que o aquecimento global provoca frio…
Por vezes apetece-me chorar tal a abstracta noção da realidade que determinados seres – pessoas que se julgam acima do senso comum – desejam passar para os Zé Povinhos do mundo.

“Ontem, a Organização Mundial de Meteorologia anunciou que 2010 figurará quase certamente num dos três primeiros lugar, desde que se iniciou o registo de temperatura em 1850 – e já há muito foi aceite que um dos efeitos das alterações climáticas podia ser o aumento da frequência de invernos rigorosos.”

In The Telegraph

Portanto, se por acaso a temperatura média do planeta começar a diminuir a culpa será do aquecimento global????
Esta ciência de doidos dá comigo em doido… ou não… isto mais parece o grito desesperado de um naufrago quando vê que terra está cada vez mais longe.
Meus senhores, não existe arrefecimento global por causa do aquecimento global, isso é um puro contracenso ilógico e incongruente!

Já habituado à constante incongruência nos temas defendidos pelas super estrelas da ciência de hoje em dia, que dão força e falsa razão aos pequenos demónios que sempre existiram na nossa sociedade, eis que um deles, Ted Turner, aproveitando o balanço dado pelo aquecimento global e a defesa do meio ambiente propõe:

O Sr. Turner – há muito um proponente da redução da população mundial– disse que a pressão ambiental sobre o planeta Terra requer soluções radicais, sugerindo que os países adoptem o exemplo da China instituindo uma política de uma criança por agregado familiar de forma a reduzir gradualmente a população mundial. Acrescentou que os DIREITOS DE FERTILIDADE POSSAM SER VENDIDOS DE MANEIRA QUE AS PESSOAS MAIS POBRES POSSAM SER COMPENSADAS DA SUA DECISÃO DE NÃO REPRODUZIR.

In The Globe and Mail

Para quem anda distraído… bem vindo ao mundo de boa parte do status quo instituído… bem vindo a um mundo em que o dinheiro compra tudo… bem vindo a uma sociedade construída e vivida para funcionar sempre de acordo com os desejos e desígnios de uns quantos que têm e terão dinheiro para viver nela.
Esta sua visão do mundo de vários filhos para os ricos e um filho, quando dá, para os pobres, é consubstanciada num estudo do ECONOMISTA Brian O’Neill realizado a pedido da americana National Center for Atmospheric Research (Centro de Estudos Atmosféricos), que chegou à conclusão:

“(…)o rápido aumento da população mundial está a contribuir para a aceleração das emissões, e que um planeamento familiar alargado poderá reduzir a quantidade de emissões até 30% até 2050.”

In The Globe and Mail

Para além de ser um economista a realizar um estudo populacional para uma instituição que estuda o clima – grande confusão, verdade?-, a noção das emissões que eles dizem aquecer o planeta, CO2, quando nos últimos 15 anos a temperatura teve um aumento médio igual a quase zero, serem reduzidas reduzindo número de nascimentos no planeta e para isso criando um mercado de compra e venda de fertilidade é algo verdadeiramente único, ou quase único, apenas possível nas mentes que vêem o mundo por um prisma económico e não ambiental.
Sim apenas por um prisma económico, porque se vissem o mundo preocupados com o ambiente o que seleccionavam para reduzir emissões seriam as grandes multinacionais que destroem o planeta em busca de lucros fáceis, as grandes indústrias poluidoras, ou talvez a redução do fosso entre ricos e pobres… mas não: Criem um mercado para a compra e venda de direitos de fertilidade!
Doentes!!!!

Conclusão:
Um aquecimento global que não tem aquecido e que por vezes até arrefece demais, é pedra de toque para muitas vezes tentar justificar o injustificável, seja à base de falsas verdades ou de teoremas sobre a vida que servem apenas o viver de muito poucos… tudo isto feito à luz do aquece que arrefece…

Notícia do Dailymail – What happened to the ‘warmest year on record’: The truth is global warming has halted
Notícia do The Telegraph – Are we freezing because of global warming?
Notícia do The Globe and Mail – Ted Turner urges global one-child policy to save planet
Notícia de Apoio:
Notícia do Jornal de Notícias – 2010 poderá ser o ano mais quente desde 1850

A Insaciedade Anti-social do Mundo FIAT

A Irlanda vai pagar juros de 5,8% pela ajuda de 85 mil milhões. Eurogrupo pede medidas concretas ao governo português. Portugal promete implementar reformas na saúde, transportes e mercado de trabalho. Ajuda externa pode não chegar para Portugal. Zapatero afirma que irá mexer nas leis do mercado de trabalho, nas pensões e na energia. Água nos privados fica mais cara mas é melhor.

O nosso mundo é um mundo FIAT (a sua terminologia exacta é moeda fiduciária)… não é a marca de automóveis, que por sinal também está a passar as passas do Algarve… é um mundo em que a dívida é o motor do crescimento económico.
Esta é uma frase que deixa muitos totalmente confusos, a qual não irei aprofundar porque senão não consigo acabar de escrever este texto. Serve para vocês indagarem o porquê de escrever tal “coisa”. Deixo só uma pista:
Quase 10% do PIB americano deste ano é resultado dos pacotes de estímulo à economia, e a economia americana só irá crescer (?), aproximadamente, 1,8%. Para onde terão ido os outros 8,2%?

Ficamos hoje a saber que a Irlanda vai receber 85 mil milhões de euros de ajuda(?)… acho que este valor irá aumentar significativamente nos próximos tempos… a uma taxa de juro de 5,8%!
Desculpem-me, mas uma taxa de juro de 5,8% não é ajuda! 5,8% é lucro acentuado de uma Europa que se intitula solidária com os seus parceiros mais frágeis!
5,8% é um valor superior ao que a Irlanda estava a pagar há três meses nos mercados!
Em jeito de conclusão desta ajuda (?)…
Todos os países da Europa que estão a ajudar a Irlanda irão ganhar $$$. A isto chamo a insaciedade social do nosso mundo FIAT, ou mais concretamente: “Eu ajudo-te mas quero lucrar (bastante) com a minha ajuda, porque sem lucro não ajudo.”

Continuando no mundo social da Europa, que é exactamente igual à lógica social praticada em todo o mundo ocidental, o Eurogrupo (Grupo dos países que usam o euro – moeda FIAT) exige que Portugal tome medidas no mercado de trabalho em desfavor dos privados assumirem parte das perdas de um país em caso de incumprimento.
O que quer dizer esta “coisa” dos «privados assumirem»?
Os privados é uma palavrinha muito jeitosa para nomear a banca que se alimenta da economia FIAT desse país.
Em jeito do conclusão:
O Eurogrupo apoia uma diminuição das políticas de defesa do trabalhador em vez de passar parte da carga de responsabilidade da vitalidade ou não das economias europeias para a banca. Ou seja, eles (banca) podem continuar a brincar aos casinos com o nosso dinheiro FIAT – que na sua essência já é todo deles.
Esta é apenas mais uma imagem da insaciedade social que grassa nesta selva FIAT.

A resposta do governo português ao chamamento do Euro(FIAT)grupo é consentânea com os seus pedidos em formato de exigências. Mas vai ainda mais longe… tão longe que para além das supracitadas alterações nas regras do mercado de trabalho, irá incorporar nessas medidas chamadas de desenvolvimento da economia FIAT – que é a economia da banca -, reformas na saúde e nos transportes.
Para um leigo, ou para os mais distraídos, reformas num mundo social FIAT significam:
Mercado de trabalho: Mais facilidade de despedimento, salários mais baixos e menos segurança social.
Saúde: Mais cara, menor capacidade de acesso e privatizações.
Transportes: Privatizações e consequente aumento exponencial dos preços.
Em jeito de conclusão:
Caso o Zé Povinho se continue a deixar envolver nesta trama de falsas verdades, até mentiras descaradas, do mundo social FIAT, irá continuar a ser o único a pagar os devaneios tresloucados e indecentes de uma classe política “bananeira” e os vícios insaciáveis de um sistema FIAT que é o alimento da banca.

Depois ficamos a saber que a ajuda prestada à Irlanda e à Grécia poderá não chegar para Portugal – Talvez não haja “pilim” suficiente.
Entretanto os nossos “bananas” irão continuar a aprovar medidas e soluções(?) para a economia FIAT que na sua raiz irão agravar ainda mais os problemas económicos do mundo FIAT deles, que por imposição também é o nosso.
Mesmo que esta notícia me cheire a informação “plantada”, pois quem ajuda lucra e lucra bem com a ajuda, nada melhor do que não retirar das hipóteses tal cenário, que por sinal, a meu ver, é melhor do que a ajuda, porque na sua génese está implícito que Portugal teria de sair do Eurogrupo e criar a sua moeda FIAT própria.
Em jeito de conclusão:
As “bananas” andam sempre a reboque dos “casineiros” e sua insaciadade social é a marca das suas falsas políticas sociais.

E para sabermos que as “bananas” são iguais em quase todo o lado, ficamos hoje a saber que o governo espanhol vai adoptar as mesmas medidas por lá… ou melhor, ficamos a saber que o sector das energias também é para privatizar.
Em jeito de conclusão:
O que nos espera, caso o Zé Povinho continue a se deixar envolver nesta trama de falsas verdades, é energia mais cara para pagar… a insaciadade social das economias FIAT.

E como um mal raramente vem só… neste caso já são quatro “males”… hoje saiu uma notícia no Jornal de Negócios que é uma verdadeira afronta à verdade.

“Água nas PPP fica mais cara mas é melhor”.

In Jornal de Negócios

Sempre que um serviço passa das mãos do Estado para os privados o preço e a qualidade tomam caminhos diametralmente opostos aos que tinham. Ou seja, o preço sobe e a qualidade do serviço diminui.
Poderão dizer que estou a escreve de cor… Meus senhores, em todos os países, sem excepção, em que as águas e a distribuição de energia passou para as mãos de privados a qualidade do serviço piorou significativamente acompanhado por um aumento monumental dos preços.
Caso continuem a achar isto que acabei de escrever pouco plausível, façam um favor a vós e vejam, só por exemplo, o que se passa em França, que é uma das economias mais desenvolvidas do mundo. Verifiquem quantos processos em tribunal existem contra as empresas de distribuição de água e energia por lá, e vejam se isso representa qualidade que justifique um aumento exponencial do preço do serviço prestado.

Em forma de conclusão:
A insaciedade social deste sistema FIAT é algo puramente monetária. Se houver dinheiro a ganhar, este sistema social FIAT irá dar a sua ajuda. Quando não existe dinheiro para ganhar, os pobres terão de ainda de ficar mais pobres, e se esperarem que o sistema os ajude… só mesmo tendo dinheiro, ou seja, não podem ser pobres. A pobreza não é equação que funcione neste sistema social FIAT depravado!
Se os pobres são párias num sistema social que está a criar cada vez mais párias, só existe um caminho para o futuro: “Sempre que alguém é excluído da sociedade isso conduz à revolta, seja revolta individual ou revolta colectiva”.

Notícia do Expresso – Irlanda pagará juros de 5,8% pela ajuda de €85 mil milhões
Notícia do Público – Eurogrupo pede “medidas concretas” ao Governo português
Notícia do Jornal de Negócios – Portugal promete implementar reformas na saúde, transportes e mercado de trabalho
Notícia do Diário Económico – Ajuda externa pode não chegar para Portugal
Notícia da Bloomberg – Zapatero Pledges to Change Spain’s Labor Rules, Pensions, Energy
Notícia do Jornal de Negócios – Água nas PPP fica mais cara mas é melhor